sexta-feira, 16 de novembro de 2007

St.º António começou assim....

"A mina, os bebedouros e o lavadouro, será difícil recuar até à sua construção, mas o chafariz, com a cobertura com o nicho do StºAntónio, conforme a placa que lá está (datas comigo é um problema), foi construido pela população, feito um peditório e com o apoio da Junta de Freguesia na altura. O que havia naquele sítio era um poço, aliás na área circundante, havia pelo menos mais 2 poços. Um na horta do "Pexincha" (por detrás da mina, onde foi construida uma casa)que era cultivada e tratada por um Velhote, empregado do Pexincha, que agora não me consigo lembrar o nome, mas que fumava por um cachimbo feito de cana, e tinha barba grande. O outro poço era na horta do outro lado do "Ti Manel da Virgínia", que tratou dela até quase morrer.As enguias eram muito vulgares, faziam o transito entre os poços existentes ao longo do rio e o próprio rio. Em frente ao nº 63 da MFA, do outro lado do rio, tem um poço e um tanque, que, como alguns se lembrarão, era uma horta e um pomar, e que eu lá passei muito tempo e muita fruta de lá comi. Nesse poço, que tinha uma nora para tirar a água para o tanque, (era esse o trabalho da "burra" muito esperta chamada "Carocha")que daí se fazia a rega da horta, de quando em vez o meu Pai despejava o poço mais depressa com um motor, e então no fundo do poço era um viveiro de enguias que por vezes vinham dentro dos "alcatruzes" da nora. Estas mesmas enguias entravam e saiam do poço para o rio, conforme a altura do ano.Fizemos alguns petiscos com enguias apanhadas aí.Já agora "Pexincha" era como era conhecido um homem com alguma importância na nossa zona, acho que se chamava Guilherme (com alguma margem de erro). Este homem tinha uma quinta/pomar muito grande na Ribeira de Sintra, e tinha aqui também muitas propriedades. Negociava fruta. Os Putos estavam sempre atentos, porque ele escolhia a fruta "tocada" e vendia muito mais barato e às vezes dava."
Sil Félix