sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A possível existência de um cemitério ou algo parecido.

Do amigo Frederico Madeira, recebi um e-mail com mais um pouco de história sobre a nossa terra e zona limitrofes.

A foto aqui colocada serve apenas para ilustrar o texto, nada tem a ver com o referido local.

"Esta história já estava prometida há algum tempo. Hoje, tive conhecimento de mais alguns pormenores que já dão para estruturar o texto e que podem indicar alguma importância da Abrunheira e arredores em tempos idos.
Para lá do actual IC 19, na zona que é conhecida por “Charneca”, que corresponde à área envolvente ao início da estrada que passa em frente à antiga Samsung, poderá ter existido, e digo poderá, porque não encontrei até ao momento nenhum documento que o comprove, um antigo cemitério.
A história foi-me contada de viva voz, pelo meu sogro, que conheceu fisicamente o lugar e viu por diversas vezes ossos humanos naquele local, e é passada no início dos anos 50.
Nesta zona, existiam dois casais: o Casal novo, onde ele viveu, e o Casal da Charneca. Os casais eram constituídos por uma casa de habitação, estábulos e hortas adjacentes, e mais alguns terrenos de cultivo, separados fisicamente entre si, mas que pertenciam aos casais.
Um desses terrenos, que pertencia ao Casal da Charneca, era isolado dos outros por um muro em toda a volta, tinha a forma aproximada a um quadrado com 150 metros de lado. Nesse terreno, existia a um canto uma ruína daquilo que poderia ter sido uma capela ou orada. Frequentemente, quando o terreno era lavrado e era feita uma cava profunda, que julgo se chamava”alquevar”, apareciam os ditos ossos humanos. Todos estavam habituados a estes estranhos achados, dada a sua frequência, e os terrenos continuaram a ser semeados, numas alturas de trigo, noutras de outros cereais, até a agricultura desaparecer como forma de sustento das populações desta zona.
Curioso é que, nesta fase, o leite do Casal Novo chegava à Abrunheira de burra, e os terrenos ainda eram trabalhados com juntas de bois, só mais tarde os tractores começaram a ser a força motriz da lavoura.);

Curioso é que, nesta fase, o leite do Casal Novo chegava à Abrunheira de burra, e os terrenos ainda eram trabalhados com juntas de bois, só mais tarde os tractores começaram a ser a força motriz da lavoura."