quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

OBRAS DA ABRUNHEIRA - QUASE TUDO À VISTA...

Estimada Aldeã

Uma coisa me tem andado a fervilhar neste assunto das Obras. Haverá um Peloureiro para as Obras na Freguesia de S. Pedro? Já alguém ouviu falar dele ou da sua posição sobre as mesmas? Talvez não haja mesmo.

1. Depois de ter ouvido, por duas vezes, um responsável das Obras Municipais de Sintra afirmar que o Projecto das Obras esteve em "discussão pública" só tinha uma saída possível, de forma a garantir a sanidade dos meus neurónios: Hoje mesmo escrevi à mais alta figura da nossa Junta de Freguesia, solicitando o favor de me indicar a data e local onde a discussão se verificou, bem como em que locais estiveram prévia e publicamente expostos o Projecto e Outros Elementos de suporte para as obras.

Como é óbvio, aguardo a respectiva confirmação para ir a correr ao meu médico assistente.

2. Ontem, cedinho, face ao andamento das obras, fiz uma exposição ao Sr. Presidente da Câmara, enriquecida com algumas fotos para salvaguarda da minha sanidade mental.

Felizmente, para a tarde, foi-me marcado um encontro no local com um Senhor Arquitecto assessor da Vereação do DOM, que observou - in loco - aquela visão alargada que estreitou as entradas na Abrunheira. A seu pedido, escrevi alguns dos problemas, para apreciação na Câmara:

""Como modesto subsídio, junto ainda cópia de correspondência enviada em 5 de Abril de 2002 para o Sr. Eng. Mário Pereira, que nessa altura tinha em execução um projecto para a entrada da Abrunheira.

Decorridos estes quase 6 (seis) anos, estamos confrontados com um projecto estreito, quando se previam coisas mais largas e ajustadas a uma nova realidade. Daí que note o seguinte:

1. Como questão prévia relevante, direi que não houve qualquer discussão pública do projecto, nem o mesmo esteve disponibilizado aos residentes na Delegação da Junta de Freguesia.

2. Ao invés da parte central ter sido ocupada com mais cinco ou seis estacionamentos, talvez tivesse sido mais útil à circulação uma rotunda com a parte central mais pequena (10 metros de diâmetro ou menos) pois o largo da Abrunheira tem medidas próximas dos 29x45.

3. No Projecto em execução é positivo que tenha previsto um passeio junto à esquina da entrada Norte, logo seguido de espaço para "Cargas e Descargas", que certamente indicará as horas em que as mesmas devem ser efectuadas.

4. Após esse espaço, em minha opinião, seguiria um passeio mais largo para uso exclusivo de peões (até à esquina com a Rua da Saudade), com pilaretes, para evitar que o local retome a anterior anarquia;

5. A Placa Central agora construída (que retirou cerca de 1,20 metros à largura da entrada) deverá ser de novo reduzida,para evitar as desastrosas consequências de manobras de camiões a entrar na faixa contrária, como as fotos comprovam e V.Exa. teve oportunidade de confirmar;


6. Não tem qualquer lógica a criação de espaço de estacionamento (1 carro) a menos de 5 metros da passadeira de peões (como prevê o Código da Estrada). Só hoje isso foi conhecido, pois pensava-se que era para colocação de um abrigo de paragem de autocarros;

7. Face à manutenção de uma paragem na EN.249-4 (circulação no sentido de Mem Martins e Sintra) continua a manter-se outra paragem junto ao Largo da Entrada (esquina junto à actual passagem de peões) mesmo em frente à padaria/pastelaria. Esta paragem, que terá passado despercebida a quem fez o projecto, é para percursos por vezes iguais aos da paragem que está na Estrada Nacional 249-4;

8. A manutenção de duas paragens para destinos por vezes paralelos, tem dado lugar - noutras Câmaras pelo menos - à aproximação das mesmas, servindo os utentes que, se não apanham uma determinada circulação, logo podem apanhar outra que lhes sirva. No caso presente e a manterem-se as linhas que foram desenhadas e estabelecidas neste Projecto, ao invés do que é agora corrente fazer-se AS PARAGENS NÃO SÓ FICARÃO MAIS DISTANTES UMA DA OUTRA como OS PASSAGEIROS QUE UTILIZEM A EN249-4 FICARÃO MAIS LONGE DO LARGO DA ABRUNHEIRA, AUMENTANDO OS RISCOS DE ASSALTOS SEM QUE ALGUÉM POSSA SOCORRER.

9. Ora, a existência de uma Rotunda no Largo, permitiria que junto ao Banco BES existisse uma só paragem de autocarros da ScottUrb, com reflexos na maior comodidade e segurança para os passageiros.

10. Por seu turno, a Rotunda, que poderia não ser rigorosamente redonda (A ROTUNDA COM A FONTE NA ESTEFÂNIA É MAIS PEQUENA QUE A DA ABRUNHEIRA E FEZ-SE!!!) resolveria efectivamente os problemas de tráfego na entrada e saída, já que está prevista a circulação nos dois sentidos;

11. E, ao pedir desculpa por apontar mais uma (em minha opinião) anomalia, não deixo de salientar que, até agora, a Rua António Vieira, que se prevê apenas de sentido ascendente, era um grande apoio à carga de circulação na Av. MFA, também foi significativamente estreitada, o que impossibilita a sua utilização por veículos ligeiramente maiores.

12. Em consequências das obras já feitas, as carreiras ficam paradas quase a meio da EN249-4 (o que dantes não acontecia porque a paragem era muito recolhida) pois os rodados batem na ponta do passeio, apresentando já partes partidas e susceptíveis de causar danos nas viaturas.

13. Afigura-se pois que o Largo da Abrunheira também pode ser visto numa perspectiva alargada, que resolva um problema com continuidade, para que daqui a pouco tempo não surjam maiores reclamações do que as que justificaram o estudo do projecto agora em implantação.

14. Permita-me que sugira a reanálise do projecto, considerando que a Av. MFA não deveria ter dois sentidos."""

Julgo ter esclarecido todos aqueles que estão interessados nos problemas da Abrunheira.

A amiga aldeã desculpe o tamanho do texto, mas devemos ser fiéis ao que foi escrito.
Fernando Castelo
Seria bom que nós abrunhenses nos manifestassemos aqui sobre este assunto, quem sabe poderíamos fazer chegar a nossa voz a quem de direito.
Vamos lá, amigos, vamos dizer o que nos vai na alma sobre estas obras, talvez possamos remediar algo, porque o dinheiro já eles gastaram e não vai parar para já.
Aldeã