sexta-feira, 28 de março de 2008

Ameaça de despejo adiada


Ao passar em revista os jornais digitais, pude constactar que a tarde na Abrunheira esteve um pouco quente. O jornalista de um dos jornais " Cidade Viva" esteve por lá e fez uma reportagem que reproduzo aqui na integra.


28/3/2008

"Ameaça de despejo adiada uma semana na AbrunheiraO Grupo Coral Alentejano os Unidos da União Recreativa e Cultural da Abrunheira (URCA) tem até quinta-feira para desocupar as actuais instalações, que a autarquia quer atribuir à Associação de Reformados da Abrunheira (ARA). Apesar do aparato policial, a autarquia recuou na acção de despejo que esteve prevista para esta tarde, após uma reunião de quase três horas com as entidades envolvidas.“Houve uma negociação acalorada entre a Câmara, representada pelo vice-presidente Marco Almeira, a URCA, a ARA e um representante da recém-criada associação Salvar Memórias, que sucedeu ao Grupo Coral”, explicou ao Cidade VIVA o comandante da Polícia Municipal. Carvalho da Silva salientou que o processo arrasta-se desde 2005 e que a acção da autarquia deveu-se ao incumprimento do que estava acordado entre as partes. O ponto da polémica tem a ver com o espaço ocupado pelo antigo Grupo Coral Alentejano, que pertencia à URCA. A Câmara alega que a anterior direcção da URCA comprometeu-se a libertar o espaço. Mas alguns elementos da URCA e do Grupo Coral decidiram contestar esta decisão e constituir uma nova associação (a Salvar Memórias) e ameaçar a autarquia judicialmente.A Câmara não aceita o retrocesso e pretende que o espólio do grupo coral seja transferido para outras instalações da URCA. “O vice-presidente disponibilizou-se para ajudar a recuperar e preparar o novo espaço”, reforçou Carvalho da Silva. Com as negociações desta tarde, a URCA tem até quinta-feira para resolver o problema. “Assumimos o compromisso de proceder à desocupação do espaço porque o vice-presidente ameaçou que se isso não acontecesse, viria cá na próxima semana afixar o edital de despejo do Grupo Coral e da URCA”, conta José Duarte, recém-empossado presidente da Mesa da Assembleia Geral.Já António Augusto Bento, presidente da ARA, garantiu ao Cidade VIVA que não pretende “guerras” e explicou que a associação “nunca pediu para que o Grupo Coral fosse retirado daquelas instalações”. A associação está em situação provisória há 25 anos, “sem condições “, no espaço onde existiam as antigas coelheiras da quinta. E é a Segurança Social que diz que o Centro não pode continuar assim. “É necessário mais espaço e obras para podermos ter um Centro de Dia e Apoio Domiciliário”, diz. A URCA e a ARA estão instaladas numa propriedade ocupada em 1975, após a revolução de Abril. Posteriormente, o proprietário cedeu parte dos terrenos à autarquia em troca de uma licença de construção na parte restante. “Mas nunca houve a formalização de qualquer cedência, pelo que é necessário celebrar contratos de comodato para que associações tenham direitos sobre os espaços”, salientou Carvalho da Silva. O Cidade VIVA tentou ouvir Marco Almeida, mas o vice-presidente remeteu declarações para mais tarde.


Luís Galrão(Reportagem integral na edição de Abril do Cidade VIVA)

Como habitante da Abrunheira, entendo que estas instituições têm interesse na terra, por isso apelo à calma, evitem situações desagradáveis, analisem as situações e vejam o que é melhor para toda a população. Não vamos perder o que foi conseguido à muitos anos atrás.

Não façam algo de que se possam arrepender. A união é uma grande aliada.

Aldeã