Do sr. António Bento recebi o e-mail que passo a transcrever.
Muito se tem aqui falado acerca do programa “Girassol”. Ainda bem! Mas acho que ainda não foi devidamente esclarecido e já aparece alguém a desculpar-se com os aproveitamentos políticos. Esta confusão só surge por provocação de alguém que desconhece os moldes do funcionamento da CSF e que, à revelia de quem o devia fazer antecipa publicitando, mas não consegue fazer o devido e correcto esclarecimento. Depois evoca-se sempre de certa maneira os idosos, coitados dos velhinhos, na esperança de comover os corações mais sensíveis.
O programa “Girassol” é uma iniciativa da Comissão Social de Freguesia para a qual tem havido um envolvimento muito positivo por parte dos elementos da CSF, com destaque para alguns é verdade, que a seu tempo iremos perceber. No entanto este é um trabalho em grupo que devemos respeitar muito, mas, ainda como diz o regulamento é independente, perceba-se.
Pessoalmente, não entendo nem me foi explicado ainda por exemplo, porque é que a Junta de Freguesia não tomou a mesma posição, publicitando de igual modo, aquilo que levou ao fracasso da organização do I Fórum Comunitário. È neste contexto que encontramos dois pesos e duas medidas claro.
Vamos então definir duas coisas. Pessoalmente quando falo de trabalho não falo de politica, mas elas só por si vão interligar-se quer queiramos ou não. Ninguém leu qualquer acusação ao CDS-PP, PPD-PSD ou PCP-CDU, agora o que vamos é verificando que alguns dos visados, embora pertencentes ou simpatizantes dos mesmos, vão sendo alvo de críticas pessoais. Porquê? Porque se comprometeram e não foram capazes ainda de cumprir com os projectos prometidos. Isto prejudicou bastante algumas áreas, entre elas a dos idosos. Estas críticas são justas, e até é positivo que se façam, agora é preciso ser inteligente e perceber o que falhou.
Podemos ainda, depois de ler o que o Sr. Pedro Martins escreveu e, foi muito pouco, ao se identificar com as iniciais JFSPP, penso que maior esclarecimento que poderia dar, é este afinal o tema: a falta de esclarecimento. Mas gostaria ainda de perguntar o que é que já foi feito até hoje, em benefício dos idosos da Freguesia para ficar assim tão escandalizado? (Mas é melhor ficar só pela CSF).
Vejamos então alguns pontos mais importantes, para perceber o que é a CSF:
A CSF é um órgão INDEPENDENTE, baseado na adesão livre dos parceiros.
A Comissão Social de Freguesia é composta por vários representantes de entidades públicas e privadas.
Os parceiros deverão aceitar os cargos para os quais sejam eleitos dentro da CSF, a não ser que invoquem razões fundamentadas para a escusa. (È preciso alguma disponibilidade de tempo para acumular as várias funções, executivo, CSF, e ainda com as profissionais), mas só assim é possível desenvolver um bom trabalho. É bom lembrar que a CSF já teve três presidentes.
A CSF rege-se por um regulamento em que a Junta de Freguesia tem dois representantes. Neste caso o (Sr. Pedro Martins e a Dra. Catarina) do qual um deles é presidente, cabendo ainda à Junta de Freguesia dar o apoio técnico/administrativo necessário ao seu funcionamento.
Na CSF, a Associação de Reformados da Abrunheira faz parte das IPSS na área da população idosa, logo, parceira por inerência. Foi esta também aquela que foi votada para representar as três Associações de Idosos da Freguesia de S. Pedro de Penaferrim, (Abrunheira, Linhó e Manique) cargo que foi atribuído por deliberação da Direcção da Associação, à funcionária administrativa da Associação D. Paula Santos, pessoa que desempenha também, voluntáriamente o cargo de secretária da Direcção. Esta era a situação que melhor resposta podia dar em termos de disponibilidade.
A D. Paula Santos é assim, até a Direcção o entender, o elo de ligação entre a CSF e a Direcção da Associação e vice-versa, tendo nesta matéria não só a defesa dos idosos da Abrunheira, como a defesa das restantes Associações, desde que para isso lhe façam chegar as suas grandes preocupações. As situações das realidades da Abrunheira apresentadas na CSF são no fim, o resultado daquilo que é devidamente estudado, discutido e aprovado nas reuniões de Direcção da Associação pelos seus dirigentes, na qual se delibera aquilo que deve fazer parte das preocupações a apresentar em reuniões dos membros eleitos na CSF. É assim, a maneira como se desenvolve o trabalho na Associação de Reformados da Abrunheira.
Espero ter dado aqui o meu contributo, no sentido de “separar o trigo do joio”, mas nunca será demais dizer que existe muito trabalho por fazer na área dos idosos e não só, e que até agora, pouco ou nada foi feito. Ninguém, pelo menos por aqui anda à espera que lhe ergam uma estátua, ou lhe agradeçam só porque fez isto ou aquilo, ou porque tem a coragem de dizer que está mal, daquilo que está menos bem.
Porque os idosos me merecem muita admiração, respeito e carinho, achei por conveniente enviar aquilo que me preocupa diariamente, e que nem sempre vejo tratar da melhor maneira, colocando quase sempre o politicamente como desculpa para os maus resultados apresentados.
Muito gostaria de ser breve, mas neste tema é de todo impossível não esclarecer.
A. Bento
