O nosso amigo Silvestre Félix regressou com as suas crónicas. Só Deus e ele sabem o motivo desta ausência, mas tenho a certeza que teve uma boa justificação. O que interessa é que ele regressou.
A “TI ANA” E O STº ANTÓNIO
De antigo lavadouro de roupa esfregada em pedra e depois lavada e “corada” à réstia de sol que todo o dia lá estava, e água sempre a correr que brota da mina e logo a seguir bebida pelos bovinos, ovinos, caprinos, asnos e assim - assim… em ”directo e a cores” e sem intermediários. Estes, de pança cheia, lá retomam a direcção da manjedoura, que bem sabedores do local certinho, não fosse lá petiscado o “cheirinho” da ração com grossos nacos de alfarroba apetitosa no meio da palha e do feno.
No patamar de cima, o Santo António observa o enchimento das bilhas de barro levadas à cabeça pelo “rabo de saia” que aproveita a ocasião para dar à língua e catrapiscar o namoro que espreita atento, não vá o tempo passar sem proveito. Muito namoro vingou à custa do tempo passado botando água muito devagarinho na vasilha e com a bênção do nosso Santo António, que, de casamenteiro lá tem fama.
Este “quadro”, com quarenta e tal anos, completou-se mais tarde com a morada na ponta nascente da “Ti Ana”. Verdadeira guardiã do espaço nos últimos anos acompanhada com o Benfica que de bola não tem nada e de canídeo tem tudo. Símbolo da universalidade da Lusofonia, que de melhor exemplo não podia ser nessas ilhas de Cabo Verde no entroncamento das rotas marítimas do Atlântico Sul. Quando chegada à Abrunheira com o companheiro de vida, acolhidos e bem recebidos foram e até o Santo António de contente se manifestou.
De morada melhorada, se foi transformando com o passar do tempo contado em muitos anos, em morada deteriorada e perigosa, e a Ti Ana com o Benfica, tem de conhecer outra morada ficando o Santo António incompleto e a Abrunheira ainda mais pobre.
Na minha passagem diária pelo Santo António, olharei e verei sempre a Ti Ana e o Benfica.
Silvestre Félix
10 de Fevereiro de 2009
De antigo lavadouro de roupa esfregada em pedra e depois lavada e “corada” à réstia de sol que todo o dia lá estava, e água sempre a correr que brota da mina e logo a seguir bebida pelos bovinos, ovinos, caprinos, asnos e assim - assim… em ”directo e a cores” e sem intermediários. Estes, de pança cheia, lá retomam a direcção da manjedoura, que bem sabedores do local certinho, não fosse lá petiscado o “cheirinho” da ração com grossos nacos de alfarroba apetitosa no meio da palha e do feno.
No patamar de cima, o Santo António observa o enchimento das bilhas de barro levadas à cabeça pelo “rabo de saia” que aproveita a ocasião para dar à língua e catrapiscar o namoro que espreita atento, não vá o tempo passar sem proveito. Muito namoro vingou à custa do tempo passado botando água muito devagarinho na vasilha e com a bênção do nosso Santo António, que, de casamenteiro lá tem fama.
Este “quadro”, com quarenta e tal anos, completou-se mais tarde com a morada na ponta nascente da “Ti Ana”. Verdadeira guardiã do espaço nos últimos anos acompanhada com o Benfica que de bola não tem nada e de canídeo tem tudo. Símbolo da universalidade da Lusofonia, que de melhor exemplo não podia ser nessas ilhas de Cabo Verde no entroncamento das rotas marítimas do Atlântico Sul. Quando chegada à Abrunheira com o companheiro de vida, acolhidos e bem recebidos foram e até o Santo António de contente se manifestou.
De morada melhorada, se foi transformando com o passar do tempo contado em muitos anos, em morada deteriorada e perigosa, e a Ti Ana com o Benfica, tem de conhecer outra morada ficando o Santo António incompleto e a Abrunheira ainda mais pobre.
Na minha passagem diária pelo Santo António, olharei e verei sempre a Ti Ana e o Benfica.
Silvestre Félix
10 de Fevereiro de 2009
